História da Freguesia

Mouçós


Surge nas Inquirições de D. Afonso II (1220) sob a designação de Sancto Salvatore de Boucoos (também Baucoos e Bouzoos). Em 1258 a paróquia já aparece como Sancti Salvatoris de Mouzoos e, em 1290, como San Salvador de Moucóos. Sanguinhedo teve foral de D. Sancho II em 24 de Dezembro de 1223. A aldeia de Ponte esteve para ser cabeça de toda a região, substituindo Constantim, antes da fundação de Vila Real. O projecto, de D. Afonso III (foral de 7 de Dezembro de 1272), não foi, no entanto, coroado de êxito. Tal como todas as demais terras pertencentes aos Marqueses de Vila Real, Mouçós passou em 1641 para a posse da Coroa, quando o Marquês e o seu herdeiro foram executados sob acusação de conjura contra D. João IV. Em 1654, passou a integrar o património da recém-criada Sereníssima Casa do Infantado, situação que se manteve até à extinção desta, aquando das reformas do Liberalismo.A antiga freguesia de Mouçós foi uma reitoria de apresentação da Casa do Infantado. Antes, fora abadia, até ao tempo do Marquês de Vila Real, D. Miguel de Meneses que, por bulas apostólicas, a reduziu a reitoria.

Funcionaram nesta paróquia quatro confrarias: a de Nossa Senhora, a do Santo Nome de Jesus, a do mártir S. Sebastião e a de S. Gonçalo. Esteve em funcionamento, também, a irmandade do Divino Salvador, que é hoje o orago da freguesia. Existem várias capelas e igreja de interessante traça, a saber: a igreja do Divino Salvador, a capela da Senhora da Piedade, a capela da Senhora da Guadalupe, a capela da Nossa Senhora do Pilar, a capela da Senhora da Pena e a capela da Santa Cabeça. No século XVI pertenciam a esta paróquia os lugares da (entretanto extinta) freguesia de São Tomé do Castelo. Mouçós foi uma das freguesias que, em 1960, cedeu território para a criação da (entretanto também extinta) freguesia urbana de Nossa Senhora da Conceição: parte do Bairro de Santa Maria, até então chamado Bairro de Além do Rio.

Lamares


A antiga freguesia de S. João Baptista de Lamares, era vigaria anexa à freguesia de S. Lourenço de Riba – Pinhão. Existiam outrora quatro confrarias: a de Nossa Senhora do Rosário, do Santo Nome de Jesus, de S. Sebastião e de S. João Baptista. Em Lamares passava a chamada estrada real. É seu padroeiro S. João Baptista.

Aldeias

Abobeleira, Alfarves, Alvites, Bouça, Bouça da Raposa, Compra, Estação Mouçós, Feitais, Gache, Jorjais, Lagares, Lage, Lamares, Magarelos, Merouços, Mouçós, Pena de Amigo, Piscais, Ponte, Quinta de São Paio, Sanguinhedo, Santa Eulalia, Sequeiros, Sigarrosa, Tojais e Varge.

Na sequência da reorganização administrativa ditada pela Lei n.º 22/2012, o território da vizinha freguesia de Lamares foi agregado ao de Mouçós, passando o conjunto a designar-se oficialmente União das Freguesias de Mouçós e Lamares. Assim, “Mouçós” e “Lamares” foram extintas enquanto designações oficiais de freguesia.